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EMPREENDER E REGULARIZAR RESIDÊNCIA EM PORTUGAL: CAMINHOS ATUAIS, INOVAÇÃO E SEGURANÇA JURÍDICA
Construir uma vida em Portugal
através do empreendedorismo é um sonho para muitos brasileiros. Porém, esse
caminho exige mais do que vontade: requer preparo, estratégia e compreensão
clara das regras migratórias e empresariais portuguesas.
O país continua aberto ao talento
internacional, mas a gestão migratória passou a ser mais criteriosa. Nesse
contexto, empreender e obter residência legal em Portugal tornou-se possível —
desde que com responsabilidade e alinhamento jurídico.
Este artigo apresenta, de forma
prática e objetiva, os caminhos atuais para empreender e regularizar residência
em Portugal, com foco na inovação, nas regras atualizadas da Lei de
Estrangeiros e no papel das incubadoras certificadas.
Informação correta, preparação
adequada e compromisso são as chaves para transformar a jornada em realidade.
Startup Visa e o novo cenário legal para empreendedores estrangeiros: Histórico e mudanças recentes do programa
O Startup Visa, criado em 2018 pelo Governo Português, transformou Portugal
numa porta europeia para fundadores e startups tecnológicas. Muitos
empreendedores internacionais se instalaram no país por meio dele.
Entretanto, em junho de 2024, o
artigo 89.º, n.º 4 — base legal do programa — foi revogado, gerando incerteza
para quem já estava incubado e em fase de implementação do negócio.
Em outubro de 2025, a legislação
foi novamente alterada e o artigo 89.º, n.º 4 foi reinserido, restabelecendo a
via migratória para empreendedores vinculados a incubadoras certificadas.
O que voltou a valer com o novo Art. 89.º, n.º 4?
A alteração confirma que
empreendedores com projetos incubados poderão solicitar autorização de
residência sem necessidade de visto prévio, desde que cumpram os requisitos
legais.
Requisitos principais:
• Projeto real, inovador e estruturado
• Vinculação formal a incubadora certificada pelo IAPMEI
• Dispensa do visto de residência (Art. 77.º/1/a)
• Comprovação de meios financeiros, idoneidade e seguro válido, entre outros.
O novo art. 89.º, n.º 4 é exclusivo para projetos validados
em incubadoras certificadas.
Linha do tempo das mudanças
legais
|
Data |
Alteração |
|
Junho 2024 |
Revogação do antigo 89.º/2 e
89.º/4 |
|
Outubro 2025 |
Reintrodução do 89.º/4 com novo
enquadramento legal |
Regularizar sem visto: quando é possível e quais os cuidados?
Sim, existe base legal para
solicitar residência por empreendedorismo já estando em Portugal (atualmente,
somente pelo 89, nº4). E o que diz esse artigo pela redação atual da Lei
de Estrangeiros?
A nova redação da Lei n.º
23/2007, de 4 de julho, quanto ao artigo 89.º, n.º 4 (autorização de residência
para imigrantes empreendedores), efetuada pela Lei n.º 61/2025 de 22 de
outubro de 2025, prevê o seguinte regime:
- A autorização de residência pode ser concedida a
nacionais de Estados terceiros que desenvolvam um projeto empreendedor —
incluindo a criação de empresa de base inovadora — integrado em incubadora
certificada, nos termos definidos por portaria dos membros do
Governo competentes.
- Tal concessão dispensa o requisito previsto na
alínea a) do n.º 1 do artigo 77.º (ou seja, não é exigido visto de
residência prévio) desde 22 de outubro de 2025.
- Mantêm-se os restantes requisitos gerais do artigo
77.º (idoneidade, meios de subsistência, seguro, etc.).
- O projeto deve estar formalmente integrado em
incubadora certificada e cumprir os requisitos específicos previstos para
esse regime especial.
Este regime cria, portanto, uma
via distinta e especializada para quem empreende em Portugal com
estrutura inovadora, em incubadora certificada, sem necessidade prévia de
visto, reforçando a importância da segurança jurídica e da preparação do
processo empresarial.
Contudo, há riscos e desafios práticos:
• Morosidade na análise dos processos;
• Dificuldade de agendamentos na AIMA;
• Interpretação restritiva em alguns casos;
• Necessidade de comprovação robusta do projeto;
O caminho mais seguro, sempre
que possível, continua a ser o visto consular. A regularização interna existe —
mas deve ser usada com prudência.
Perfil indicado para seguir esta via
Esta é uma alternativa viável para quem:
• Já reside em Portugal, mas ainda sem título de residência;
• Tem projeto empresarial e atividade econômica avançados no país;
• Está aceito numa incubadora certificada;
• Possui a documentação essencial exigida no país.
Cuidados jurídicos indispensáveis
Para ter sucesso, o empreendedor deve apresentar:
• Plano de negócios sólido e cronograma realista de acordo
com o exigido pelo Startup Visa;
• Provas de meios financeiros;
• Documentos societários e fiscais organizados;
• Evidências de atividade empresarial real;
• Apoio jurídico especializado em imigração empresarial;
Empreender é compromisso. Portugal valoriza quem chega com
projeto estruturado e impacto econômico real.
Inovação, segurança e visão estratégica
A legislação atual reflete uma
premissa clara: inovação atrai oportunidades, mas a segurança jurídica baliza o
processo.
Portugal quer empreendedores que
tragam valor, tecnologia, cultura de negócios e responsabilidade.
Em resumo: Há caminhos
para empreender e viver legalmente no país, mas esses caminhos estão
regulamentados e exigem preparação, pois a inovação anda lado a lado com
conformidade jurídica.
Quem estrutura corretamente o seu
projeto evita frustrações e constrói futuro com solidez.
Ecossistema empreendedor português: oportunidades reais
Portugal vive uma transformação
acelerada rumo à digitalização e à inovação. O país destaca-se na União
Europeia como um polo emergente para tecnologia, criatividade e serviços
globais, tornando-se porta de entrada estratégica para a União Europeia e para
África.
Esse movimento resulta de
políticas públicas robustas, da presença de universidades de excelência e do
apoio de incubadoras e aceleradoras que impulsionam a criação de soluções
tecnológicas e negócios globais.
Setores como tecnologia da
informação e IA, cybersecurity, sistemas de defesa, energias renováveis, saúde
digital, biotecnologia, economia criativa e consultoria multinacional ganham
destaque contínuo.
Nesse cenário, as incubadoras certificadas exercem papel essencial: validam modelos de negócio, oferecem mentorias, conectam empreendedores a ecossistemas estratégicos e facilitam acesso a programas públicos e privados de investimento.
Fazer parte de uma
incubadora é mais do que cumprir um requisito migratório — é integrar uma
comunidade que acelera crescimento, reduz riscos e amplia possibilidades.
Programas públicos e incentivo ao investimento
Portugal organiza-se para fortalecer ainda mais o ambiente empreendedor através de instrumentos públicos que incentivam o desenvolvimento de projetos inovadores.
Linhas de financiamento específicas, programas de internacionalização, bolsas e incentivos para inovação formam um conjunto importante de estímulos para quem deseja investir e construir em solo português.
Entre eles, destaca-se o Startup
Voucher, programa que concede apoio financeiro, mentoria e estruturação a
negócios inovadores desde a fase de ideação.
Esse cenário demonstra que
Portugal não apenas acolhe quem chega com propostas consistentes — o país
fomenta, orienta e dá estrutura para que empreendedores possam transformar
ideias em resultados, com impacto econômico e social.
A mensagem central permanece
clara: preparar antes de executar, considerar aspectos jurídicos e financeiros
desde o início e respeitar as exigências legais são os elementos que
diferenciam projetos visionários de iniciativas que fracassam no meio do caminho.
Conclusão
O ambiente empreendedor português
continua atrativo e alinhado à inovação global, mas agora com maior rigor
jurídico e administrativo. Para quem deseja empreender e regularizar residência
em Portugal, o caminho existe e está aberto, desde que percorrido com
estratégia, transparência e responsabilidade.
O ponto central é simples:
Portugal reconhece e valoriza empreendedores qualificados — e exige
reciprocidade em profissionalismo e integridade.
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Advogada Internacional luso-brasileira, atua com foco em processos de imigração, vistos, autorizações
de residência e nacionalidade portuguesa.
É consultora e advogada de trabalhadores, empreendedores, empresários e nômades digitais que
desejam migrar ou internacionalizar suas carreiras, startups ou negócios para Portugal e Europa.
Seu propósito é o de ajudar pessoas e empresas a se estabelecerem em Portugal com planejamento,
segurança e conformidade legal.
Desde 2020 tem atuado com êxito na internacionalização de inúmeros negócios e carreiras no eixo
Brasil/Portugal.
Membro da Instituto Brasileiro de Direito Estrangeiro e Comparado (IBDESC) e da Associação Brasileira
de Advogados Internacionalistas (ABRINTER);
Vice-presidente da BPW Portugal em Braga;
Membro da Comissão Internacional da Mulher da ABA em Portugal;
Foi Membro do Comitê Jurídico da ABINC- Associação Brasileira de Internet das Coisas;
Atuou por 2 anos como Gerente Executiva do Centro de Pesquisa de Direito Internet e Sociedade- CEDIS;
Foi Coordenadora do Brasília Legal Hackers, a maior comunidade de inovação legal de base do mundo.
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Parabéns, excelente artigo instrutivo para quem deseja atravessar as fronteiras !!
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