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Quando os Valores da Marca Falam Mais Alto: o Caso Osklen e a Força da Coerência no Branding
A reputação da sua marca vale cada escolha que você faz?
Em um cenário onde o público está cada vez mais atento e
exigente, coerência no branding não é apenas desejável — é essencial. As
marcas que crescem e se mantêm sólidas no mercado são aquelas que praticam o
que pregam, dia após dia, ação após ação.
O recente caso envolvendo a Osklen mostrou, de forma clara,
o que acontece quando essa coerência é colocada em xeque. E mais do que
criticar, esse episódio nos convida a refletir: o que, de fato, sua marca
comunica? Ela está sendo fiel aos próprios valores?
Neste artigo, você vai entender por que os valores da
marca são o maior ativo de um negócio, como a incoerência pode abalar sua
reputação — e quais lições práticas tirar do caso Osklen.
A importância dos valores no branding: mais do que discurso, um guia estratégico
Valores de marca não são frases de efeito para o site
institucional. Eles são a bússola moral e estratégica de qualquer negócio. São
os princípios que guiam decisões, comportamentos, parcerias, contratações e a
forma como a marca deseja ser percebida no mundo.
Quando verdadeiramente vividos, esses valores:
- Tornam
a marca autêntica e reconhecível;
- Criam
conexões reais com o público;
- Orientam
escolhas difíceis com segurança;
- Fortalecem
a cultura interna da empresa;
- E,
principalmente, protegem a reputação da marca em tempos de crise.
Marcas que vivem seus valores constroem legados. As que
apenas os declaram, arriscam tudo por decisões incoerentes.
O caso Osklen: uma crise de percepção
A Osklen sempre foi associada a valores como
sustentabilidade, cultura e expressão artística. Com esse posicionamento, a
marca construiu ao longo dos anos uma imagem forte, sofisticada e conectada a
causas sociais e ambientais.
Por isso, causou surpresa quando a empresa compartilhou em
seu Instagram uma imagem do rapper Oruam — capa da revista britânica Dazed
— usando peças da grife. Apesar da intenção de celebrar a visibilidade
internacional, a repercussão foi negativa. A publicação foi retirada do ar, e a
marca precisou emitir uma nota oficial.
O motivo? Parte do público considerou que a estética e o
histórico do artista estavam em desacordo com os valores defendidos pela
Osklen. A marca, segundo os críticos, não demonstrou a curadoria cuidadosa
esperada de quem se posiciona como agente de transformação social.
Fonte foto: Capa da revista britânica Dazed, com Oruam - Reprodução (Reprodução Dazed/VEJA)
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/comportamento/oruam-acusa-osklen-de-racismo-apos-remocao-de-editorial-da-revista-dazed/
O que realmente gerou a crise?
Apesar de a imagem ser de um editorial externo, a simples
escolha de compartilhá-la no perfil oficial da marca é, por si só, um ato
estratégico. Isso nos leva a um ponto essencial do branding:
Tudo comunica. Tudo posiciona. Tudo carrega significado.
Quando a prática não acompanha o discurso, o público
percebe. E reage.
A crise da Osklen não foi apenas sobre uma foto. Foi sobre o
questionamento da coerência. Sobre a dúvida: "Essa ainda é a marca em que
eu acreditava?".
E uma vez que essa dúvida é plantada, a confiança balança.
O risco da incoerência entre discurso e ação
A incoerência no branding é um dos maiores perigos
para qualquer marca. Pode parecer inofensivo, mas basta uma ação desalinhada
para comprometer anos de construção reputacional.
Entre os principais impactos, estão:
- Ruído
na comunicação com o público;
- Reações
negativas e boicotes;
- Perda
de credibilidade;
- Dificuldade
em retomar o posicionamento original;
- E
danos duradouros à imagem da marca.
A incoerência tem custo alto — e nem sempre é possível
revertê-la rapidamente. No caso da Osklen, a exclusão da publicação e o pedido
de desculpas mostraram agilidade, mas também escancararam a falta de
alinhamento entre intenção e percepção.
Como evitar esse tipo de crise? Faça a pergunta-chave
Toda marca deveria incluir uma etapa obrigatória no seu
processo decisório:
“Isso representa quem somos?”
Antes de publicar, assinar, lançar, contratar ou se associar
a alguém, essa pergunta precisa ser feita — com honestidade.
Esse simples filtro pode evitar decisões precipitadas,
parcerias tóxicas e movimentos que contradizem tudo o que a marca defende.
E atenção: agir com base nos valores nem sempre será o
caminho mais fácil ou mais lucrativo no curto prazo. Mas certamente será o mais
sustentável no longo.
Lições práticas para empreendedores e gestores de marca
O caso Osklen oferece aprendizados valiosos, especialmente
para quem constrói marcas fortes e com propósito. Veja algumas atitudes
práticas que ajudam a manter a coerência no dia a dia:
1. Reforce os valores internamente
Sua equipe precisa conhecer, entender e aplicar os valores
em todas as ações — da criação à comunicação, do atendimento ao marketing.
2. Crie filtros de decisão baseados nos valores
Antes de fechar qualquer parceria, peça: esse projeto está
em sintonia com os pilares da marca? Se a resposta for "não sei",
investigue. Se for "não", recue.
3. Escolha parceiros e influenciadores com critério
A associação de imagem precisa ser pensada estrategicamente.
O influenciador representa o mesmo universo simbólico da sua marca? Os valores
se conectam?
4. Esteja preparado para crises
Crie protocolos de comunicação de crise que contemplem ações
rápidas e transparentes. E acima de tudo, assuma os erros com
responsabilidade e coerência.
Em tempos de transparência, viver os valores é obrigação
A era em que as marcas podiam se esconder atrás de campanhas
bonitas acabou. Hoje, tudo é observado: desde a origem de uma matéria-prima até
a fala de um porta-voz.
Os consumidores exigem transparência, posicionamento e
autenticidade. E a única forma de entregar tudo isso é vivendo, de fato, os
valores da marca.
É preciso lembrar: reputação se constrói com constância, e
se destrói com um deslize.
Conclusão: valores não são promessa, são prática
O episódio da Osklen serve como um alerta importante: não
basta ter valores bonitos no discurso — é preciso praticá-los com coerência.
Marcas sólidas não nascem da estética, mas da ética. Elas se
tornam grandes não porque agradam a todos, mas porque se mantêm fiéis ao que
acreditam.
Se você deseja construir uma marca respeitada, relevante e
duradoura, comece por aqui: viva seus valores todos os dias.
E quando a dúvida bater, pergunte: “Isso representa quem
somos?”
Se a resposta for não, recuar é a decisão mais estratégica —
porque, no fim das contas, o que sustenta uma marca forte não é o alcance, e
sim a integridade.
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Especialista em Personal Branding, estrategista digital e mentora, ajudando profissionais a construir marcas autênticas, influentes e memoráveis.
Sou a idealizadora e criadora do Blog Vozes da Influência.
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